“As circunstâncias fizeram de O Abajur Lilás mais do que uma simples peça, uma bandeira.” A classe teatral organizou várias manifestações de protesto contra a censura da peça, e grande parte das companhias teatrais não trabalhou, na quinta-feira, dia 15 de maio de 1975, data da proibição da peça. E durante as semanas seguintes, era lido um manifesto contra a censura, em todos os teatros, antes do início dos espetáculos. O advogado Iberê Bandeira de Melo, amigo de infância de Plínio Marcos, entrou com um recurso contra a Censura. O próprio Ministro da Justiça, Armando Falcão, reiterou a proibição da peça, sob a alegação de que ela atentava contra a moral e os bons costumes. O Dr. Iberê e Plínio Marcos continuaram com a luta e foram, de instância em instância, até chegarem ao Supremo Tribunal Federal.
“Perdemos em todos os lances. Perdemos. Com um, apenas um voto favorável. Havia um homem honrado entre os juízes. O Dr. Jarbas Nobre. Perdemos. Mas, era uma vitória.” “Eu voltei de Brasília certo de que tinha enchido o saco dos donos do poder. Cumpri com grandeza o meu papel.” “Ai, eu me organizei pro pior. E o pior veio. Muito pior do que eu imaginava: na base do maldito ninguém-me-procura. Mas, eu era mais eu. Editava meus livros, na base do crédito naturalmente. E saia vendendo. E ia tocando a catraia contra a maré.”
(Plínio Marcos, extraído do site oficial)